segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Vestes nuas - Foto de Igor Ravasco

De braços dados a multidão se aproxima
O que vejo, no entanto, são vestes vazias.
A multidão alienada, se abraça, se entrelaça
Mas em sua essência há buracos, abismos.

Faltam os braços que abraçam
Faltam as mãos que acariciam
Cadê a cabeça que pensa inquieta?
Nem um coração que sente ou afeta!
De que vale nossa roupa se não veste nada?

Com muita atenção, dê uma olhada.
As nossas vestes limpas e coloridas
Apenas desnudam vidas vazias.

M.N.

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